quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Museu do Prado





O Museu do Prado é o mais importante museu de Espanha e um dos mais importantes do Mundo. Apresentando belas e preciosas obras de arte, o museu localiza-se em Madrid e foi mandado construir por Carlos III. As obras de construção prolongaram-se por muitos anos, tendo sido inaugurado somente no reinado de Fernando VII.


História do Museu



Quando o rei Carlos III regressou de Nápoles à sua cidade natal, apercebeu-se de que Madrid não havia melhorado em nada desde que de lá tinha saído: Madrid continuava aquele lugar que, convertido repentinamente em capital por obra e graça de Filipe II, cresceu precipitada e desordenadamente e de um modo pouco consistente.
Decidiu assim encarregar [Joan Vilanova
], o
arquitecto real, de projectar um edifício destinado às Ciências e que pudesse albergar o Gabinete de História Natural.
Tal foi o culminar da carreira artística de Juan de Villanueva, sendo esta a maior e mais ambiciosa obra do neoclassicismo espanhol.
Com a construção deste edifício, concebido como uma operação urbanística de elevados custos, o rei Carlos III pretendia dotar a capital do seu reino com um espaço urbano e monumental, como os que abundavam nas restantes capitais europeias.
As obras de construção do museu prolongaram-se por muitos anos, ao largo de todo o reinado de
Carlos IV. Porém, a chegada dos franceses a Espanha e a Guerra da Independência, interromperam-nas.
Foi então utilizado para fins militares, tendo-se aqui estabelecido um quartel militar. Neste momento começou a deterioração do edifício, que se notava cada vez mais, à medida que os anos avançavam.
Aborrecidos,
Fernando VII e a sua esposa, Maria Isabel de Bragança, puseram fim a tal situação, impedindo que o museu chegasse à ruína total e recuperando-o.
Isabel foi a grande impulsionadora deste projecto e é a ela que se deve o êxito final, mesmo que não tenha vivido para saboreá-lo, pois morreu um ano antes da grande inauguração do museu, a
19 de Novembro de 1819.
Contendo colecções de pintura e escultura provenientes das colecções reais e da nobreza, o museu detinha, aquando da sua inauguração, cerca de 311 obras de arte.
Foi, pois, um dos primeiros museus públicos de toda a
Europa e o primeiro de Espanha, fazendo assim notar a sua função recreativa e educacional.

No final do século XIX, mais precisamente em 1872, todo o acervo do Museu da Trindade foi doado ao Prado. As obras, de temática religiosa, eram na maioria expropriações dos bens eclesiásticos, como forma de amortização das dívidas do clero para com o reino.
Desde a fusão dos dois museus, o acervo foi ampliado com muitas outras obras de arte, por doações, heranças e novas aquisições.
Em 2006, teve lugar no Prado uma das mais importantes exposições de toda a história do museu: Furtuny, Madrazo, Rico - Legado de
Ramón de Errazu. Esta exposição reúne importantes obras dos famosos pintores oitocentistas Mariano Furtuny, Raimundo de Madrazo y Garreta e de Martín Rico.
Uma importante ampliação do espaço museológico foi inaugurada em Outubro de
2007 (projecto de Rafael Moneo).


A Colecção



Este importante museu alberga inúmeras e valiosíssimas colecções, entre elas, a de pintura e escultura.
A colecção de pintura é bastante completa e complexa, existindo neste museu colecções de pintura espanhola, francesa, flamenga, alemã e italiana:
Bela e interessante, a colecção de pintura francesa deriva das relações hispano-francesas no
século XVII e das aquisições de alguns reis e nobres espanhóis, como Filipe IV e Filipe V. Esta reúne obras de pintores como Nicolas Poussin e Claude Lorrain, bem como de Van Loo e de Antoine Watteau.
A colecção de pintura espanhola é a mais importante do museu, sendo a que lhe concede o renome internacional que actualmente tem. Obedecendo a um critério cronológico, o Prado expõe desde os murais românicos do
século XII à produção de Francisco Goya. Esta colecção alberga obras de pintores espanhóis de fama internacional, como José de Ribera, José de Madrazo y Agudo e o filho deste, Federico de Madrazo y Kuntz, Esteban Murillo, Velázquez e Goya.

O facto de os Países Baixos terem integrado o grande império espanhol, durante o chamado El siglo de oro, explica a riqueza da colecção da escola flamenga no Museu do Prado. A colecção alberga pintura de pintores como Hieronymus Bosch, Dirck Bouts e Hans Memling, tal como de Rubens, Adriaan Isenbrant, Rembrandt, Anthony van Dyck e Brueghel.
Reduzida em número, mas de grande qualidade, a colecção de pintura alemã alberga obras desde o
século XVI ao século XVIII, dedicando diversas salas a pinturas capitais de Albrecht Dürer, Lucas Cranach, Hans Baldung e Anton Raphael Mengs.
Com dezasseis salas dedicadas à sua exposição, a secção da colecção de pintura italiana alberga obras desde a Baixa Renascença até ao
século XVIII, reunindo pinturas de artistas muito famosos como Fra Angelico, Melozzo da Forlì, Andrea Mantegna, Botticelli, Tiepolo e Giaquinto. Para além destes, podem aqui observar-se excelsas obras de Ticiano, Tintoretto, Veronèse, Bassano, Caravaggio e Gentileschi.
Já a colecção de escultura é composta por mais de duzentas e vinte esculturas da
Antiguidade Clássica, trazidas de Itália entre os séculos XVI e XIX. A colecção alberga esculturas do período greco-arcaico ao período helenístico, tal como do Renascimento.
A colecção de desenhos e estampas, conta com cerca de 4 mil desenhos, destacando os cerca de quinhentos desenhos de
Francisco Goya, a mais importante do mundo. Duas salas, instaladas no segundo andar do museu, mostram rotativamente, por razões de conservação, esta importante e rica colecção.
Por último, a colecção de artes decorativas é das mais bonitas e ricas do Prado, albergando até o famoso Tesouro do Delfim.

Guernica, 1937 (A experiência de guerra)














O acontecimento que inspirou o conhecido mural de " Picasso " foi a própria cidade de Guernica, capital da província Basca, a qual a 26 de Abril de 1937 foi alvo de bombardeamentos por parte de aviões alemães (Legião Condor) por ordem do General Franco. Dos 7000 habitantes, 1654 foram mortos e 889 feridos.
A destruição de Guernica foi a primeira demonstração da técnica de bombardeamentos de saturação, mais tarde empregada na 2ª Guerra Mundial.
O Mural constituiu uma visão profética da desgraça.
Picasso imortaliza nesta tela a dor e o sofrimento do povo Espanhol perante a brutalidade das forças fascistas, dirigidas pelo general Franco, durante a guerra civil de Espanha entre Republicanos e Fascistas.

RADIO ORBITAL